A volvo anunciou na segunda-feira (26/5) um plano de demissões que vai atingir 3.000 funcionários – cerca de 15% de sua força de trabalho global – num esforço para compensar a queda na procura por carros elétricos (evs) e reduzir custos em 18 bilhões de coroas suecas (aprox. r$ 10 bi).
A maior parte dos cortes (mais de 2.000 vagas, incluindo 1.000 de consultores) ocorrerá na suécia, sede da empresa. o impacto financeiro do programa, que envolverá gastos de reestruturação de 1,5 bilhão de coroas (r$ 900 mi), deve aparecer já no segundo trimestre de 2025 e persistir ao longo de 2026.
Esse movimento reforça preocupações com o futuro dos evs: após prometê-los como único produto até 2030, a volvo viu suas vendas despencarem 8% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da agência bloomberg (não oficial).
O cenário global também é desafiador: nos EUA, republicanos da câmara aprovaram projeto de lei para revogar subsídios federais a evs – acabariam créditos fiscais, incentivos a estações de recarga e mineração de baterias – e ainda cobrarão us$ 250 (r$ 1,4 mil) anuais de proprietários.
Analistas destacam que a indústria automotiva vive transição brutal. enquanto montadoras ajustam fábricas e pipelines de produção, consumidores enfrentam preços elevados: hoje, um EV custa em média R$ 300 mil no brasil, segundo pesquisa da fenabrave.
Diante disso, a volvo aposta na eficiência operacional para manter lucros e financiar investimentos em novas baterias e tecnologia de veículos híbridos e autônomos.
A meta da marca segue sendo liderar o segmento premium de evs até 2030, mas o ritmo de corte de custos e a resposta do mercado serão determinantes para seu êxito.
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