O avanço educacional e profissional das mulheres está transformando padrões tradicionais de relacionamento. Segundo estudo do Pew Research Center (2023), nos Estados Unidos, 24% das mulheres em casamentos heterossexuais possuem nível educacional superior ao dos maridos, comparado a 19% em 1972. Além disso, 16% das mulheres são as principais provedoras financeiras do lar, quase o triplo em relação às décadas anteriores.
Esse fenômeno, denominado "hipogamia", refere-se a mulheres que se casam com parceiros de menor status socioeconômico ou educacional.
Tradicionalmente, prevalecia a "hipergamia", onde mulheres buscavam parceiros de status superior. A socióloga Nadia Steiber, da Universidade de Viena, observa que o aumento de mulheres com alta escolaridade cria um descompasso no mercado matrimonial, levando muitas a reconsiderarem suas expectativas.
A britânica Catherine Hakim destaca que, historicamente, a educação era privilegiada para homens, sustentando estruturas patriarcais. Com a igualdade educacional nas sociedades modernas, essas estruturas estão sendo desafiadas.
A mudança nos papéis de gênero e nas dinâmicas de poder dentro dos relacionamentos reflete uma sociedade em transformação, onde o amor e a parceria são redefinidos além das convenções tradicionais.
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