Vamos conversar com calma, sem gritaria. Só eu e você, olhando para o que está acontecendo.
Nos ensinaram que democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo. Bonito de ouvir, né? Mas na prática… será mesmo?
Hoje temos três poderes: dois deles você escolhe pelo voto. O terceiro, não. Esse não precisa da sua opinião. Não precisa prestar contas. Não tem mandato, nem limite de tempo. E, ainda assim, pode decidir o que é certo ou errado, o que pode ou não pode, até onde vai ou para onde volta a nossa liberdade. E ninguém pode dizer nada. E se disser... bom, já vimos o que acontece.
Enquanto isso, o poder que deveria “mandar” — o Executivo — vive de mãos amarradas. Cheio de limitações orçamentárias, amordaçado por regras, controles, pareceres e decisões de fora. Mesmo assim, é esse o poder que a população mais cobra.
É ele que aparece no noticiário, que leva pedrada quando falta escola, hospital, segurança. Mas como alguém pode ser responsável por algo se não tem autonomia para decidir? Já parou pra pensar nisso?
E pior: muitas vezes, quem tem o poder de barrar, atrasar, inverter ou interferir no que foi escolhido democraticamente nem sequer foi eleito. Nunca teve que pedir um voto. Nunca teve que prestar contas à sociedade. E mesmo assim, manda mais do que os eleitos. Isso parece justo? Parece democrático?
A gente precisa falar sério sobre esse desequilíbrio. Porque democracia não é só votar a cada quatro anos. É também respeitar o que foi decidido na urna.
É dar condições reais pra quem foi eleito governar. É cobrar todos — inclusive os que usam toga ou caneta técnica — com o mesmo rigor. Se só um lado pode errar e o outro é intocável... então temos um rei, não uma república.
Olhe à sua volta: quantas decisões que mudam sua vida foram tomadas por gente que você nem sabe o nome? Quantas vezes o seu voto foi virado ao avesso por “interpretações superiores”? Quantas vezes as regras mudaram no meio do jogo?
Dá pra chamar de democracia um sistema onde dois poderes são vigiados e um pode tudo — sem ser questionado?
Espaço de reflexão criado por Prof. Marcão, educador com mais de 40 anos de experiência e especialista em dados, tecnologia e humanidades. Aqui, você encontrará conteúdos que conectam filosofia, psicologia, arte, ciência da informação e os desafios do mundo digital. De forma clara e profunda, os textos tratam de temas como escolhas difíceis, ética na era da inteligência artificial, mitos antigos e o impacto das tecnologias em nossas vidas.
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