Simon Johnson, ganhador do Nobel de Economia em 2024, propõe que redes sociais como Instagram, TikTok e X (antigo Twitter) passem a ser pagas.
Segundo ele, a “gratuidade” desses serviços tem um custo oculto: a concentração de poder nas mãos de gigantes digitais que controlam o fluxo de informação, influenciam eleições e alimentam desigualdades sociais.
Para Johnson, cobrar pelo uso pode ajudar a diminuir o domínio dessas plataformas e abrir espaço para modelos mais éticos e sustentáveis. Ele alerta que, assim como no século XIX com os "barões ladrões", hoje há uma nova forma de monopólio: empresas de tecnologia que acumulam capital e dados pessoais, afetando diretamente a democracia.
Estudos mostram que cerca de 4,8 bilhões de pessoas usam redes sociais no mundo. No Brasil, segundo a Datareportal, são mais de 150 milhões de usuários ativos.
No entanto, a maioria ignora como seus dados são explorados.
A monetização por meio de publicidade direcionada alimenta algoritmos viciantes, desenhados para manter a atenção do usuário a qualquer custo.
Johnson sugere que uma pequena taxa mensal poderia financiar plataformas públicas, sem anúncios, com foco na educação e no bem-estar social.
A proposta reacende o debate sobre regulação das big techs e o papel do Estado na internet.
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