Um novo levantamento da Forbes mostra que o número de bilionários no mundo atingiu a marca recorde de 2.781 pessoas em 2024, somando uma fortuna conjunta de US$ 14,2 trilhões — quase o dobro do PIB do Brasil.
O ranking é liderado por Bernard Arnault (grupo LVMH), seguido por Elon Musk (Tesla/X), Jeff Bezos (Amazon) e Mark Zuckerberg (Meta).
O dado mais alarmante: apenas 0,000035% da população mundial concentra quase 18% da riqueza global. A revista destaca que, só em um ano, a fortuna dos 10 mais ricos cresceu US$ 500 bilhões. No Brasil, Jorge Paulo Lemann segue como o mais rico, com patrimônio de US$ 16,4 bilhões.
A concentração de renda, agravada pelo avanço da inteligência artificial e pela desregulamentação do mercado digital, acentua a desigualdade social. Segundo a Oxfam, desde 2020, 63% da nova riqueza mundial foi capturada pelo 1% mais rico. Enquanto isso, 4 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 6 por dia.
Organismos internacionais como ONU e FMI vêm pedindo a taxação de grandes fortunas e lucros extraordinários para combater a pobreza e financiar políticas públicas. Na Europa, países como Espanha, Noruega e Bélgica já implementaram tributos progressivos sobre grandes patrimônios.
O debate se intensifica em meio a crises climáticas e sociais. Especialistas alertam: a concentração de poder econômico mina a democracia e aumenta tensões globais. Sem políticas redistributivas, a desigualdade poderá sair do controle.
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